"A competitividade atingiu em cheio o Brasil, na última década. Até as regiões Norte e Nordeste, pouco habituadas com investimento e crescimento econômico sentem a pressão do mercado sobre as organizações sociais patriarcais e clientelistas das culturas locais. É nesse ambiente que os menos qualificados e incompetentes (acostumados com o antigo modelo) podem atrapalhar a ascensão dos novos profissionais que despontam no mercado."Esses maus colegas de trabalho, ao invés de contribuírem com sua cota-parte no desenvolvimento da empresa, lutam por suas posições da chamada de "zona de conforto". Incapazes de ceder às mudanças, utilizaram a competitividade para praticar a chamada "concorrência desleal", através de diversas artimanhas como, por exemplo: ataques pessoais, mentira (levada por meio da vulgar "fofoca"), alianças estratégicas (formação de panelinhas) e assim por diante."Diante disso, como evitar os maus colegas?"A primeira coisa a fazer é concentrar-se no trabalho. Isso porque manter o foco no trabalho é essencial e mesmo fundamental na consecução das metas pré-definidas. Além do mais, enquanto o seu colega tenta puxar seu tapete, você já está em outra zona, longe do raio de alcance desse tipo de gente."A segunda medida é evitar as panelinhas. Ser sociável é essencial, mas não submeter-se ao convívio dos não-preparados é um mandamento. Senão, pergunte-se: no que as panelinhas podem contribuir para o seu crescimento profissional, se lá é o espaço para a bajulação e/ou escárnio? Mais uma vez, foco é essencial, e descobrir quem está apto a somar é a conseqüência lógica disso."Antes de continuar, vale a pena parar um pouco e refletir sobre o seguinte: a competitividade no ambiente de trabalho é excelente, se ela servir para a descoberta de novas lideranças, aumentar a produtividade da empresa e enxugar a folha. Mas ela deve manter-se numa linha estritamente profissional, o que implica na identificação da massa inerte que, além de ameaçar a carreira dos colaboradores comprometidos, mantém altos os custos de produção."Finalmente, a terceira e última atitudo e o último mandamento: não se importe muito com as incursões e assédios dessa classe de trabalhador. Afinal, o que eles querem é tirar o seu foco e criar um certo nível de paranóia no local de trabalho."Nesse ambiente, a vida dos profissionais esforçados é muito dura. Sob constante pressão interna (dele próprio) e externa (do meio ambiente de trabalho), ele está numa posição de fragilidade, diante das práticas acima descritas."Portanto, compete ao bom gestor identificar esses mal elementos, porque é exatamente essa a função de um líder. Enfim, porque existe uma diferença clara e profunda entre um líder e um chefe. Essa diferença está na base, na mão de obra que entende como funcionam os processos e, por essa única razão, devem ser os primeiros a serem ouvidos".
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Huppert Cunha é licenciado em Administração de Empresas pela Universidade Estadual de Ponta Grossa, no Paraná. Atualmente, presta consultoria empresarial para multinacionais na região cisplatina.
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